sexta-feira


A vida é feita de pequenos grandes momentos de muito silêncio, daquele que nos preenche a alma e nos inspira pela busca de respostas a questões aparentemente tão simples mas às quais não conseguimos uma resposta corpórea...
Queria que tantos pontos de interrogação fossem levados pelo o vento...
Que inútil que sou!
Se continuar a ver o filme como um bom espectador, o vento nunca vai aparecer e a película continua a desenrolar.

4 comentários:

  1. Cada vez gosto mais deste teu cantinho, as tuas palavras são simplesmente belas .

    Beijinho *

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  2. Nao devemos deixar a vida passar-nos ao lado, temos de a viver intensamente!

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  3. É por isso que a vida nos fez actor principal de uma peça sem ensaio experentativos. Corporas a personagem e actuas sorrindo sem saber ao que vais. E intervalas de quando a quando expectando de fora o teu próprio ser... e sabe tão bem fazê-lo como ficar sentada num banco a sentir a chuva cair entrelaçada em folhas já secas. Sabe bem pronunciá-lo mas sabe melhor ser a pessoa do banco que ouve uma música vendo a sua vida inteira a passar-lhe qual secção de cinema.

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  4. Para que respostas quando tu próprio és o filme. És a tela demasiado fina, num filme feito de cores pretas e brancas. És tão mais do que aquilo que julgas saber ser, és tudo aquilo que a pessoa que te olha de cima pode concluir da expressão dos teus dedos quando corres a caneta pela folha e espalhas o rubor de histórias demasiado gastas pelas vezes que foram contadas. Porque todos os bons filmes começam assim: Caneta em riste, movimentos prontos a escrever o coração e mente... mas é o corpo que da vida ao invisível traço do poeta. E segues o filme da tua vida, olhas, e julgas ver aquilo que tens medo acontecer em frente dos teus olhos. Esticas a tua mão e alcanças o vazio frio em que tornas-te o teu coração, quando negas-te ser quem ambos julgávamos que eras. Quando cortas-te todas as estradas na linha de saída, quando tornas-te todas as saídas becos na tua vida. Então que importa agora as respostas para perguntas mal definidas? Não são as palavras que quebram os muros do silencio, nem preenchem os buracos das balas em campos de outras guerras. E agora, que te das por vencido numa batalha que apenas foi tua, baixas os braços e dizes ver essa película, que corre afiada e gélida como faca na tua pele, sem sinais de abrandar. Se não te agradar o elenco, ou a trama, se o vento não vier e rasgar esse pano, fecha os olhos da meia volta e sai, e depois mais tarde - na tua cabeça - escreve-lhe um final que te agrade, um final com o qual possas viver, um final em que no fim da noite numa amena conversa com um qualquer estranho sentado num banco de um jardim que não conheces, possas contar e jurar ver na tua sombra o brilho de um sorriso no desfecho. E o filme, termina assim.

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