sexta-feira

Um Momento.


Hoje acordei radiante. A noite de ontem deu-me motivos para hoje acordar com um sorriso mal o sol deu os primeiros sinais de luz na minha janela. O bom humor faiscava pelo o meu corpo.
Olhei para a mesa de cabeceira e tinha um bilhete:
- Amanhã quando acordares salta pela janela e vem me buscar, estou pronta à tua espera!
Por momentos pensei que era mais um de tantos pedidos para irmos á procura de um momento só, um momento que não fosse apenas um momento, mas sim de facto um momento para sempre.
Levantei-me. Esfreguei os olhos e fui até a janela. O sol estava mesmo forte. Sabia bem sentir a brisa de ar quente pela manhã. Voltei a olhar para o bilhete.
- Será mesmo verdade? Não estarei a sonhar ou a alucinar?
Pensei eu enquanto sentia o chão frio nos passos que dava. Peguei no telemóvel. Quis saber se era verdade. Assim que ela me disse um supermassive SIM, não quis saber de mais nada, o piloto automático activou e rapidamente, enquanto evaporava em felicidade, meti uma roupa na mochila. Óculos. Carteira. Chave do carro. E aí vou eu!
Quando cheguei a ti, nem queria acreditar que era verdade, os meus olhos procuravam-te mais e mais, estavam viciados na tua imagem.
- Que bonita que estás!
Dizia eu, enquanto do outro lado recebia um sorriso e o toque dos teus lábios. sensações eram muitas. Inexplicáveis. Sentimos a aproximação mutua. O teu respirar arrepiava-me.
Passou pouco tempo até eu dizer:
- Vem!
Corremos até ao carro. Entramos e seguimos viagem. Nada nos podia impedir. Hoje, sentia o dia mais bonito do que a noite fantástica que o antecedia.
- Neste momento sei o que é a felicidade.
Pensava eu enquanto a minha boca teimava em sorrir.
No meio de tantas perguntas, e na longa conversa que estávamos a ter sobre o que estávamos a fazer, chegamos ao local que eu, enquanto guiava imaginava para nós.
Um barco. Sim, um barco. Pensei em sair dali. Demorada viagem, mas podíamos aproveitar cada segundo. Não interessa o local exacto. Mas vamos sair daqui. Da-me a mão, vem comigo!
- Não estou muita segura de ir assim.
Dizia me ela numa voz tremulosa.
- Foste tu que decidiste vir, anda, vamos conhecer o mundo la fora, nada importa, estou contigo, estamos os dois.
Peguei-lhe na mão e continuamos. Entramos no barco. Seguimos viagem.
Ao pousar os pés no barco, quando ele baloiçou com a nossa presença, fui engolido pelo que se passava. Estremeci ao me aperceber do que estava realmente a acontecer, ela estava insegura. Talvez porque ao fim de tanto tempo conseguimos estar os dois juntos, sem haver ''ses'' ou outra coisa que nos fizesse temer. Assustava-me. Mas por outro lado, confortava-me! O mar estava calmo, e eu enchia-me de vontade de a agarrar incontrolávelmente . Passamos a viagem a rir, a recordar, a sentirmos, a vivermos em cada segundo do dia. Era uma aventura nova, ao mesmo tempo desconhecida pois ambos não sabíamos o que ia acontecer no momento seguinte. O teu riso contagiava-me.
chegamos ao local. Era lindo. Uma ilha. Neste momento a nossa ilha, onde íamos viver o nosso momento (..)
E ali ficamos, deitados numa imensidão de areia, a ouvir o som do mar, na beleza da profundidade do momento. Apenas a sentir o que é o Amor.

E em ti encontro a alegria que procuro, a aventura segura, um sonho aberto, como se não existisse mais nada.

4 comentários:

  1. Não sei bem o que exprimir. É como se a felicidade me entrasse por todos os poros da pele e assenhoreasse-se do espaço preenchido por todo o resto. Felicidade e amor. As remanescentes sensações, memorias, emoções, imagens, palavras conjunções e locuções, choveram de mim, como gotas supérfluas e ténues do tempo em que não existias nelas, nem elas existiam para ti. Apenas me recordo do teu nome, para usar depois daquela palavra que foge literalmente sem eu dar conta. E tal-qualmente dou pelos meus olhos a devorar este texto – texto não, futuro – inumeráveis vezes. Sei que já te disse isto, mas é tão bom amar-te, é tão bom dormir contigo e acordar ao teu lado, é tão bom planear o mesmo futuro a dois, ter sonhos que te abraçam indubitavelmente. E é tão bom poder ofertar-te cada respirar, cada batida do coração, cada vez que a vida me invade tão avassaladoramente que negar-lhe abrigo em mim seria demente. Enfim, estou a divagar, a voltear para chegar ao importante. Um obrigado por esta absoluta felicidade…
    e um AMO-TE!


    P.S: Esta lindo como todos os outros, mas gosto especialmente dele… por o teres escrito para mim :$

    ResponderEliminar
  2. kiko, escreves lindamente. és um orgulho pa :D

    felicidades

    ResponderEliminar
  3. Só mesmo quem sente pode "tentar" explicar, não é?
    Como eu te entendo :)

    ResponderEliminar